terça-feira, 17 de abril de 2012
Até que ponto os video games podem ser culpados por comportamentos violentos?
O julgamento de Anders Behring Breivik, responsável pela morte de mais de 70 pessoas em ataques terroristas realizados na cidade norueguesa de Oslo, em julho de 2011, está em andamento e isso fez com que o velho debate sobre o fato de os video-games serem responsáveis pelo comportamento violento dos jogadores voltou à pauta.
Embora essa ideia pareça absurda para quem acompanha a indústria e o mercado diariamente, a ligação entre as duas coisas parece bem nítida quando vários casos tendem a apresentar o mesmo resultado. Prova disso é que o fato de Breivik ser aficionado por World of Warcraft foi apresentado como uma evidência perante o tribunal.
Segundo o site VG247, o MMORPG da Blizzard foi citado pelo promotor Svein Holden, que apresentou o personagem de Breivik no título ? chamado de Justicar Andersnordic ? e afirmou ao júri que o game pode ser visto como algo violento dependendo da forma com que você o observa.
É claro que essas não foram as únicas acusações que os jogos eletrônicos receberam. O julgamento reacendeu a polêmica na Europa, o que fez com que vários canais produzissem matérias especiais na tentativa de chegar a uma resposta. Um programa da TV dinamarquesa, por exemplo, entrevistou várias pessoas que eram categóricas ao afirmas que os gamers realmente fizeram com que Breivik realizasse os atentados. Para defendar o lado dos jogadores, um estereótipo tentava explicar que não é um FPS que vai torná-lo um assassino. Em meio a isso, cenas da missão "No Russian", de Modern Warfare 2, são apresentadas. Pouco tendencioso, não é mesmo?
E essa não foi a única citação à série da Activision. Na época dos atentados, várias notícias afirmavam que a série Call of Duty foi uma de suas principais ferramentas de treino, fazendo com que várias lojas locais retirassem o produto de circulação.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário